JUBILEU |
É durante o jubileu que Congonhas demonstra toda sua força e tradição religiosa. Entre os dia 7 e 14 de setembro a cidade recebe multidões de romeiros de todos os lugares do Brasil. Gente simples, que em seu encontro anual com o Senhor Bom Jesus revive sua paixão. Gente que sobe as escadas de joelho, milhares de almas rezando a ladainha. Congonhas se transforma no Jubileu. A romaria atravessando os tempos faz da cidade um centro de peregrinação que se revitaliza anualmente pelos poderes milagrosos atribuídos ao Senhor Bom Jesus de Matosinhos.
Mas antes da ligação da cidade com a BR-040, eram outras as características dos romeiros. Os devotos chegavam com suas famílias durante toda a semana para receberem a benção final e lotavam totalmente a cidade. Gente que chegava a pé, a cavalo, em caravanas, nos trens de ferro e até em lombo de burros. Alguns chegavam a caminhar durante semanas e até meses, para chegar a Congonhas do Campo. A cidade inteira se transformava num conjunto de pensões. Os proprietários alugavam quartos, quintais e até alpendres. No início da década de 30 construiu-se a Romaria que servia de abrigo aos romeiros. Para se compreender a festa do Jubileu, é preciso entender antes a origem da devoção. Tudo nasceu junto com o Santuário, quando Feliciano Mendes colocou a sagrada imagem do Bom Jesus para ser venerada em público exatamente a 8 de abril de 1757. Essa imagem era fixada num pequeno oratório de madeira que Feliciano Mendes usava em suas andanças para recolher esmolas para a construção do Santuário. Já construído o Santuário, a devoção ganhou cada vez mais adeptos e a cada dia apareciam novas notícias de milagres a Ele atribuídos. Originaram-se daí, os grandes festejos do jubileu, a princípio, em Maio e Setembro. Entretanto as chuvas de Maio tornavam os caminhos intransitáveis passando a ser fixada a data de 8 a 14 de setembro para sua realização. A imagem do Senhor morto, jacente, adorada ainda hoje pelos fiéis, veio de Portugal e foi ali colocada em 1787.
Os fiéis, em frente ao Santuário, assistem às missas rezadas durante todo o dia. Os fiéis, durante o período do jubileu não tem acesso ao adro onde se encontram os profetas, por razão de segurança das imagens. Uma boa parcela de gente vem ao jubileu para fazer comércio. As barraquinhas que se erguem em Congonhas hoje, remontam de um tempo antigo. Vem gente de longe armar suas barracas. Antigos moradores afirmam que, em tempos remotos, alguns comerciantes ganhavam, durante o jubileu, dinheiro suficiente para viver o resto do ano. |
OUTRAS FESTAS DE CONGONHAS |
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Quem pretende vir a Congonhas para fazer turismo e conhecer as obras históricas, não o deve fazer durante o jubileu, pois a cidade fica tomada pelos romeiros e não é permitido o acesso à igreja e aos profetas. |
* Imagens desta página: Promessa e Milagre
editado pela Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional