OS PASSOS DA PAIXÃO

Vista parcial das Capelas

Localizadas abaixo da Igreja Basílica, encontram-se as seis capelas com imagens que relatam a Via Sacra de Jesus Cristo. Nelas estão contidas 66 figuras esculpidas em cedro por Aleijadinho e seus ajudantes entre 1 de agosto de 1796 e 31 de dezembro de 1799.
PASSO DA CEIA
Situada na parte inferior da rampa, é a maior das capelas e a mais antiga do conjunto. Representa a Santa Ceia de Jesus com seus apóstolos e dois servos, mais especificamente o momento em que Jesus diz "Em verdade vos digo, um de vós me há de entregar" e os apóstolos se mostram transtornados. Todas as peças são em tamanho próximo ao natural, a maioria constituída de um único bloco com exceção das mãos que são móveis. As únicas esculturas completas são os dois servos e os quatro primeiros apóstolos mais visíveis. As restantes de meio corpo, repousam em suportes por detrás da mesa redonda. Passo da Ceia
PASSO DO HORTO
Passo do Horto Ao lado esquerdo da rampa em pequena distância da Ceia, encontra-se a capela que mostra a agonia de Jesus orando no Jardim das Oliveiras, marco inicial da paixão. A figura de um anjo, pendurado no alto da capela, traz na sua mão direita um cálice representando o féu que deverá ser bebido: "Pai, se é do teu agrado, afasta de mim este cálice". O anjo trazia em sua mão esquerda uma cruz, retirada em 1957 por motivo de segurança da estátua. As imagens de excelente execução e perfeito acabamento formam um conjunto harmônico, composto pela imagem do anjo, Jesus sentado em oração, e dos apóstolos Pedro, Tiago e João adormecidos.
PASSO DA PRISÃO
Encontra-se do lado direito da capela da Ceia. Oito personagens compõem este grupo: Jesus, Pedro, Malco, Judas e quatro soldados. Num gesto instintivo de defesa do mestre, São Pedro decepa a orelha de Malco, um dos guardas. Cristo acalma Pedro e avança em direção à vítima para curá-la. No exato momento desta cena, Cristo está com a orelha de Malco na mão. O conjunto de imagens é entre todos o mais homogêneo. As imagens chegam a medir, mais de dois metros de altura. Passo da Prisão
PASSO DA FLAGELAÇÃO E COROAÇÃO DE ESPINHOS
Após a conclusão da capela da prisão a obra ficou paralisada durante quase meio século. A capela da flagelação e coroação de espinhos começou a ser construída em 1864. Nessa época foi decidida a construção de apenas 6 capelas, ao invés das 7 previstas, o que fez com que esta capela abrigasse dois passos. Alguns dizem que a construção de apenas seis capelas foi devido a uma superstição de Aleijadinho com relação ao número 7 o que não tem fundamento uma vez que as capelas foram construídas, anos após a morte de Aleijadinho. Ambas as cenas são independentes separadas uma da outra por uma barra de madeira. A falta de espaço causa impressão de desordem e confusão.
Passo da Fragelação  
O Cristo da Flagelação está representado de pé com as mãos atadas sendo açoitado por dois soldados. Ao fundo, um soldado segura a túnica.

 

Passo da Coroação de Espinhos

O grupo da Coroação de Espinhos é composto por oito figuras e apenas as três imagens em primeiro plano tem participação na cena. Cristo está sentado, com a coroa de espinhos. Um soldado de joelhos entrega-lhe a cana e outro à esquerda segura a inscrição INRI. São atribuídas ao Aleijadinho apenas as duas imagens de Cristo.

PASSO DA SUBIDA AO CALVÁRIO
Construída entre 1867 e 1875. Representa a subida de Jesus ao Calvário, com a cruz às costas. Aleijadinho escolheu o episódio do "encontro com as filhas de Jerusalém" relatado por São Lucas. Nesta cena encontra-se dois casos de transferência de imagens: um menino com um cravo na mão transferido na restauração de 1957 da capela da crucificação e uma das figuras de soldado, facilmente identificada pela policromia análoga à dos soldados da flagelação. Originalmente eram 9 imagens, mas com a transferência ficou 11. As únicas figuras deste grupo atribuídas inteiramente à Aleijadinho é a de Cristo e da mulher que enxuga as lágrimas. Passo da Subida ao Calvário
PASSO DA CRUCIFICAÇÃO
Passo da Crucificação A última das capelas é composta por 11 imagens divididas em três focos de interesse. No centro a figura de dois carrascos pregando Cristo na cruz e Madalena chorando. À esquerda de Cristo dois soldados jogam dados disputando as vestes de Cristo. Do lado direito os dois ladrões de mãos atadas. Três outras figuras de soldados assistem à cena, sendo um destacado dos demais pela sua vestimenta, diferente dos outros soldados. A imagem de Maria Madalena foi concebida para ser vista de perfil completamente talhada de um lado e grosseiramente acabada do outro.
AS PRINCIPAIS IGREJAS DE CONGONHAS
Igreja do Rosário

Igreja do Rosário

A Igreja do Rosário  (foto ao lado) é a mais antiga de Congonhas, construída pelos escravos em fins do século XVII, antes mesmo da chegada dos primeiros mineradores à região. Conserva até hoje a singeleza daquela época.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição tem o frontispício de Aleijadinho e pintura dos melhores artistas mineiros da época. Foi elevada a categoria de Igreja em 06 de novembro de 1749. A fachada foi construída em estilo jesuítico XVIII, com duas torres frontais com voluta e sineira ligadas ao corpo da Igreja. A nave da Matriz é uma das maiores de Minas e forma um só corpo sem corredor. No altar-mor se encontra a imagem da padroeira Nossa Senhora da Conceição.

Festa de Nossa Senhora da Conceição

Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição
Igreja São José

Igreja São José

Em 1817 ergue-se a Igreja São José muito rica em esculturas. No altar-mor encontra-se a imagem de São José. A Igreja localiza-se na rua de mesmo nome que dá acesso à Igreja Basílica. Esta rua, toda em enormes pedras foi construída pelos escravos, só podendo ser trafegada à pé.

Igreja Nossa Senhora D'Ajuda

A Igreja Nossa Senhora D'Ajuda, no Distrito do Alto Maranhão foi construída em 1746. O altar-mor abrigou até poucos anos atrás a imagem histórica de Nossa Senhora D'Ajuda, que foi roubada e substituída recentemente por outra imagem da santa sem o mesmo valor histórico. Este tipo de crime ocorre com frequência nas cidades históricas e abala não só o patrimônio histórico e cultural, mas também o coração dos fiéis.

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Mais fotos

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