ZÉ ARIGÓ

Zé Arigó

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Arigó com João GoulartZé Arigó teve muitos amigos e clientes famosos.

Acima, quando foi recebido pelo presidente João Goulart, em 1963.

Em 1968, recebeu a visita do presidente Juscelino Kubitscheck.

Em 1970, Zé Arigó tratou do filho de Roberto Carlos, que esteve na cidade junto com sua mulher Nice e Cidinha Campos.

São muitos os turistas do Brasil e do mundo que chegam diariamente a Congonhas para conhecer de perto o valioso acervo cultural deixado pelo mestre Aleijadinho, no Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Houve um tempo, entretanto, que o maior número de visitantes vinham movidos pela fé, esperança de cura de várias doenças, até mesmo as consideradas incuráveis. Vinham porque acreditavam na força paranormal de Zé Arigó, o maior fenômeno mediúnico do Brasil.

Em Congonhas, Zé Arigó realizou durante mais de 20 anos, as curas mais surpreendentes. Através do espírito do médico alemão, Adolf Fritz, diagnosticava, dava receitas e até operava, se necessário fosse, mas não permitia nunca que um paciente voltasse sem a sua assistência.

José Pedro de Freitas, Zé Arigó, nasceu em 18 de outubro de 1921 na Fazenda do Faria, localizada a 6 quilômetros de Congonhas. Teve infância semelhante a dos meninos pobres da sua geração, e os poucos recursos da sua família não lhe permitiram estudos além do terceiro ano primário. Aos quatorze anos se empregou na Companhia Atum (hoje Mineração Casa de Pedra, da CSN) onde trabalhou durante seis anos.

O apelido foi dado por amigos frequentadores de um bar que Arigó tinha, no centro da cidade.

Por volta de 1950, Zé Arigó começou a apresentar alguns distúrbios que o perturbavam de modo peculiar: fortíssimas dores de cabeça, insônias, transes e visões que o levaram perto da loucura. E uma voz que o acompanhava onde quer que fosse. Apesar de visitar diversos médicos, sofreu durante três anos tais perturbações. Um dia, a voz que o perseguia, tomou seu corpo e ele pode ver um personagem calvo, vestido de avental branco e supervisionando uma equipe de médicos e enfermeiros em uma enorme sala de cirurgia. Apesar desta figura falar uma língua que Arigó não conhecia, ele o compreendia perfeitamente. Dr. Fritz o escolhera para realizar as curas e fez das suas mãos rudes acostumadas a lidar com grosseiros instrumentos de trabalho, mãos hábeis, capazes de manejar bisturis e agulhas. A partir daí, Congonhas passou a receber milhares de pessoas e caravanas do Brasil e do exterior, em busca de cura onde a medicina tradicional falhou.

Arigó enfrentou diversos problemas de ordem religiosa e legal. Numa cidade tradicionalmente católica como Congonhas, não foi fácil romper barreiras e trabalhar dentro da linha do espiritismo, mesmo assim, ele não criou inimizades com o clero. Já no plano legal as coisas foram mais complicadas. Foi processado em 1956 pela Associação Médica de Minas Gerais, acusado de curandeirismo. Foi condenado a 15 meses de prisão e recebeu indulto do Presidente Juscelino Kubitscheck. Em 1962 foi preso durante sete meses em Conselheiro Lafaiete, por exercício de medicina ilegal. Continuou sua missão dentro do presídio e voltou a Congonhas ainda mais prestigiado. Vários médicos renomados do mundo inteiro (inclusive da NASA) estiveram em Congonhas estudando o fenômeno e constataram que 95% dos diagnósticos de Zé Arigó eram corretos e seus feitos somente explicados através da parapsicologia.

Zé Arigó previu a própria morte, que aconteceu em 11 de janeiro de 1971, num acidente automobilístico na BR-040.

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Zé Arigó vai às telas
                               Estado de Minas - 04/05/97

A vida de Zé Arigó deve chegar às telas dos cinemas em breve. O cineasta David Sonnenschein deverá dirigir "ARIGÓ E DR. FRITZ", numa produção da sua empresa a Crystal Vision. O projeto é resultado de cinco anos de pesquisa do cineasta, que se aproximou da família e adquiriu os direitos de contar a história. Foi ele que realizou o documentário "Dr. Fritz - A cura do corpo e do Espírito", com Rubens Faria Junior, médium que diz incorporar o Dr. Fritz, e é hoje, acusado de diversas fraudes, crimes e de charlatanismo, inclusive por sua esposa.
As filmagens estavam marcadas para 1998.

Na foto, em frente ao retrato de Zé Arigó, o filho Sidney de Freitas e a viúva Arlete de Freitas, com o cineasta David.
Zé Arigó, na foto.

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* Agradecemos à família de Zé Arigó, pela autorização da divulgação destas informações.

* Peço desculpa pela qualidade das fotos, mas foi o melhor que consegui scanear de um jornal antigo.